Nascido como uma proposta de contravenção às regras estabelecidas durante os anos 70, o Memphis Design fez tendência nos anos 80 e no século XXI.
A moda e as tendências são cíclicas, o que significa que o que hoje está em alta pode não estar amanhã e, mais importante, o que já foi considerado ultrapassado pode ser crème de la crème semana que vem. Dito isso, vamos ao Memphis Design, um movimento artístico desenvolvido para quebrar com as regras de sua época e que está voltando com tudo.
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De onde veio?
Memphis? Eu poderia dizer que esse movimento teve início no Tennessee, mas não seria verdade. Tudo começou em Milão, na Itália, em 1981 quando o designer italiano Ettore Sottsass se juntou com outros artistas da época com o intuito de derrubar o status quo minimalista da década de 70.
A proposta de Sottsass foi o que, parcialmente, deu cara ao estilo extravagante da década de 80. A proposta era desenvolver um movimento artístico baseado em tudo que fosse considerado mau gosto para a época, somado às figuras geométricas de Art Deco e as paletas de cores da Pop Art da década de 50. O core do movimento era radicalidade, bom humor e a ultraje.
E Memphis? De onde vem o nome da cidade americana? Simples! Durante a primeira reunião organizada por Sottsass, Stuck Inside of Mobile with the Memphis Blues Again, canção do cantor e compositor americano Bob Dylan, era tocada repetidamente no sistema de som. Achou-se por bem registrar a homenagem.
Que cara tem?
Algumas características marcantes do Memphis Design, especialmente quando falamos em decoração, são objetos brilhantes e multicoloridos, que não seguem as formas convencionais de design. Por exemplo, se pensarmos em pernas de uma mesa, ao invés de serem retangulares, como vemos normalmente, elas podem ser circulares ou triangulares.
Os materiais utilizados também refletem a quebra de padrões proposto pelos fundadores do movimento. Terrazzo e materiais laminados, geralmente encontrados em pisos, ganham destaque sendo incorporados em mesas e luminárias.
Está voltando?
Está e faz tempo! O retorno começou a surgir junto com um grande revival dos anos 80 durante meados da década de 2000, que contou com exposições e uma coleção de roupas assinada por Nathalie Du Pasquier, uma das membro-fundadoras do movimento.
Desde então, o Memphis Design vem inspirando uma série de outras obras e produtos de arte e decoração. Basta buscar pelas paletas de Pop Art, grandes formas esféricas e estampas de cor e formato ousados.
Na casa, ele pode ser incorporado através de cores primárias, pastel e neon, e formas geométricas reproduzidas repetidamente, seja nas paredes, nos móveis ou nos objetos decorativos.
Esse é um estilo que tem aquele “quê” de amor e ódio. Qual sua opinião a respeito? Usaria na sua casa? Ou “Vixi Maria, nem pensar”? Fala para a gente nos comentários.
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